Amor foi elevada a freguesia no ano de 1630 pelo então Bispo de Leiria, Dom Dinis de Melo e Castro.
O seu território foi desanexado da freguesia de São Tiago do Arrabalde, abrangendo uma área que incluía a população do lugar de Amor e populações vizinhas que, no inverno devido às cheias, não conseguiam deslocar-se à igreja matriz. Cada freguês ficou de pagar, um alqueire de trigo e um quartão de vinho ao cura. As viúvas e solteiros que tinham a administração da sua fazenda, ficaram com o encargo de meio alqueire de trigo cada.

O documento mais antigo onde é possível encontrar referências à localidade de Amor são as "Inquirição sobre as Honras", de janeiro de 1233, ordenadas pelo rei D. Sancho II e onde, traduzido para português atual poderá ler-se: "Todos os jurados (...) disseram (...) também Domingos Chanca possui moinhos em Amor e o senhor rei não recebe dai os seus direitos (...) ".

A origem do seu nome não se sabe ao certo, embora existam algumas lendas e mitos acerca do seu aparecimento.

Uma teoria sobre a origem do seu nome é que sendo o Rio Lis outrora navegável, quem nele passasse de barco chamaria ao Alto de São Paulo de "Almore" — palavra que originaria dos tempos árabes e significaria o "sitio mais alto". Ao longo dos tempos e com a evolução da língua a palavra "Almore" foi perdendo as letras "l" e "e" dando origem ao topónimo atual. A verdade é que ainda atualmente os habitantes da freguesia acentuam o "a" inicial da palavra, pronunciando-a de "Ámor".

Os amores do Rei

A lenda mais repetida entre os habitantes da freguesia liga o nome aos amores atribulados de D. Dinis.
Esta diz que o nome da freguesia se deve ao facto de D. Dinis manter nesta localidade uma amante, "A mór", assim denominada por ter sido escolhida para sua amante. Existindo várias versões da história, em todas o monarca, que mantinha o seu paço real em Monte Real, numa viagem entre aquela localidade e Leiria acabaria por encontrar aqui e apaixonar-se perdidamente por uma camponesa, com a qual terá mantido um relacionamento romântico.
Segundo esta lenda, a designação "A mór" foi sofrendo modificações ao longo dos tempos até tornar o que é hoje o atual nome da freguesia: "Amor".
Mas a verdade é que o reinado de D. Dinis começa a 1279, cerca de cinquenta anos após a primeira prova documental da localidade.